Guerra psicológica
Estamos em Guerra, numa Guerra ao terrorismo, mas acima de tudo numa guerra psicológica. Os atentados em Paris vieram reforçar o ódio cego ao islão, aos muçulmanos e aos refugiados, ignorando até as notícias de que um dos terroristas era luso-descendente (mãe de nacionalidade portuguesa).
Este ódio cego é o que o ISIS quer, quer que odiemos todos os muçulmanos, querem ter o controlo e o poder e fazem-no atacando civis, tal como fazem na Síria, aquele terror e medo psicológico que sentimos de sair de casa para algum evento ou local de turismo é apenas o dia a dia de muitos refugiados viveram. Podem os censurar de fugir....
A minha irmã estava a bordo de um avião para Alemanha na noite em que tudo aconteceu, e eu fique com medo, medo que houvessem mais atentados, mais bombas nos aviões.
ISIS atacou França devido a retaliação que a França deu após os primeiros ataques terroristas em França no inicio deste ano.
Foi algo extremamente planeado e apesar de poderem vir terroristas infiltrados no meio dos refugiados, não foram estes que causaram o 13/11... mas sim quem já lá vivia a anos. E isto sim é que nos faz ter medo, o imaginar quantas pessoas aqui em Portugal podem ser terroristas, e não estou a falar em muçulmanos por isso não venham dizer que é mandar todos embora... muitos dos que se juntaram ao ISIS vieram ou são da Europa e não tem aparentes ligações ao Islão.
Viver com medo é das piores coisas que existem, ter medo de levar a nossa filha a um evento onde vão haver muitas pessoas, porque sabe-se se lá se algum dia não o fazem aqui, ter medo de uma 3ª guerra mundial e pensar que daqui a uns meses ninguém vai estar preocupado com o Passos ou o Costa, nem com prestações de casa, mas sim se tem comida suficiente para dar aos seus filhos.
E como diz saramago
Matar em nome de Deus é transformar Deus num assassino
E para mim esta guerra nunca será uma guerra de religiões ou de etnias, mas sim uma guerra de Homens, Homens sem escrúpulos e psicopatas.
Só tenho pena é que daqui a uns bons anos se lá chegar viva, os meus netos me perguntem onde eu estava e o que aconteceu... tal como o meu cunhado perguntava este fim de semana a avó onde ela estava no 25 de Abril.