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Special Things by Me

Um blog sobre ser mãe, mulher e esposa. Um blog sobre os desafios da maternidade, sobre alimentação especial, um blog sobre tudo e sobre nada.

Special Things by Me

Um blog sobre ser mãe, mulher e esposa. Um blog sobre os desafios da maternidade, sobre alimentação especial, um blog sobre tudo e sobre nada.

A trilogia do século

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Finalmente acabei o livro "the edge of eternity" do Ken Follett e digo finalmente não no mau sentido, apenas que decerto que muitos de vós já leu o livro.

E eu fui das primeiras em Portugal a receber o livro porque comprei na versão Inglesa e no Kindle da Amazon que permite adquirir o livro em pré-venda. O Ken Follett lançou o livro em papel no mesmo dia em todo o mundo mas para quem tinha o adquirido em versão digital deu uma prenda, uns dias antes recebemos um mail a dizer que íamos receber o livro 3 dias antes :D. E sim isto foi em Setembro e estamos em Fevereiro de 2015. Não o livro é gigante mas não demorei esse tempo a ler o livro.

Eu é que tenho uma pequena mania de quando os livros fazem parte de uma colecção ou história eu leio sempre os anteriores antes de ler o novo.

Para quem não sabe ou conhece Ken Follett na trilogia do século mostra 5 famílias de 5 nacionalidades diferentes durante 3 gerações. Personagens que se cruzam em momentos da vida deles. Uma história fictícia das personagens que nos agarram no enredo onde a História real se mistura tão bem. 

Leva-nos pela primeira Guerra mundial, pela segunda Guerra mundial e por fim pela Guerra Fria, a luta pelos direitos dos negros na América, pelo combate a União Soviética e o Comunismo ditador e por fim a queda do muro de Berlim. 

Não nos poupa a pormenores honrosos cometidos nas Guerras, pelas violações, pelas torturas, pelas duras verdades da corrupção na América, pelas atrocidades cometidas pela União Soviética. Para o que o povo Alemão (existiu sempre quem lutou contra) sofreu também na pele dos Nazis e depois na pele da União Soviética. A certas alturas que estou a ler com lágrimas nos olhos e com o estômago enrolado.

Os três livros são bons, muito bons, reais, a escrita de Ken Follett consegue mesmo nos levar e transportar pela história. Daqueles livros que pegamos e não queremos largar, daqueles livros que quando terminamos nos sentimos órfãos. Criamos um elo tão grande com as personagens que quando terminamos pensamos e agora... 

E fica um vazio... e só de pensar em ler outro livro nos desmotiva logo, porque nenhum será tão bom como este. 

 

E o que eu faço quando isto me acontece obrigo me a ler um livro mau ou daqueles que ok lê-se... porque se pega-se noutro escritor bom, provavelmente não iria gostar tanto porque me sinto tão ligada ainda a história contada nos livros anteriores. 

M a corajosa...

Hoje de manhã a M avista uma arranha, eu vou e tento evitar que ela mexa nela, mas também não a quero matar...então vou com papel tentar que a dita aranha suba para ele, qual que ela a aranha ia sempre para o lado oposto ou tentava me subir e eu dava aqueles gritinhos estúpidos de gaja e a M ria-se e eu digo a B  - "o mor tira a aranha daqui" e ele - "oh se queres mato-a mas tu não queres que eu a mate" e a M faz o que vê o papel e tau manda uma sapatada na arranha com o papel e tadinha fica sem umas patas e andar em círculo em sofrimento e eu pronto acabo por matar a bichinha. 

Eu quero acreditar que ela queria apanhar a aranha como eu tava a fazer, mas só assim se calhar tenho uma pequena psicopata em casa...também não ajudou muito eu e o pai rirmos (sério que tentamos não rir),.

Consulta de alergologia

Bem lá fomos a consulta, estava a tempo e a horas para variar :D mas depois a menina que estava no consultório a frente da nossa tem um ataque de asma horroso... e toca da medica sair a correr com a menina para a urgência. Quando volta vinha tão atarantada que mal sabia do histórico da M... enfim... eu entendi o marido é que ficou meio chateado mas compreendeu. 

Então podemos dar leite a M ;D quanto ao ovo vai se voltar a fazer o prick test desta vez com ovo trazido de casa um cozinhado com a gema e a clara separadas e outro com clara crua e gema crua...

Pelo que percebi é que o prick test é utilizado os extractos das proteínas e as vezes pode despoletar falsos positivos, porque nos exames de sangue a M não é alérgica (classe 0). Então para evitar que ela tenha uma reacção alérgica no futuro com o ovo... vamos fazer a prova com o ovo.

O B ficou chateado, mas nada disse a médica, pois por ele não se dava ovo e só daqui a uns meses fazia-se a prova. E eu danada porque se ele não queria fazer falasse não é por a responsabilidade para cima de mim. E disse olha faz-se para semana e pronto fica-se a saber ou não o que fazer... se fizer reacção não se da ovo (mesmo que no sangue não acuse alergia) se não der uppi acabaram-se as restrições alimentares. 

Perda gestacional

 

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Este assunto toca comigo profundamente, sempre quis ser mãe, ainda antes de saber que profissão teria sabia que queria ter uma família e dois filhos. 

Quando em 2013 decidimos aumentar a nossa família fiquei super radiante quando engravidei a primeira e fiz o teste e deu positivo e a minha irmã estava grávida de 5 semanas e eu de 4 semanas tudo muito pouco planeado juro. 

A família toda radiante dois netos, sobrinhos que iriam nascer na mesma altura, nunca mais me esqueço desse fim de semana. 

Eu já sabia que estava grávida após uma semana de conceber porque comecei com moinhas que são as chamadas de implantação do óvulo e passei assim as 2 semanas mais felizes da minha vida... até que no dia 8 de Fevereiro estava a trabalhar e sinto uma dor nas costas e uma dor forte como se o periodo tivesse para vir e senti um corrimento... eu estava a almoçar e soube logo ali que aquilo estava a correr mal, fui a casa de banho e um pouco de sangue... tento ficar calma e penso pode ser só um susto... vou para casa e ligo ao marido em casa, o sangue tinha aumentado... ele leva-me ao hospital e eu só chorava e quando lá cheguei ouvi pode estar a perder ou não... se parar até amanhã pode ser que não tenha perdido o bebé... marque uma eco para daqui a 15 dias para confirmar como a gravidez tem 5 semanas pelo seu ciclo, pode ainda estar a implementar-se e dar sangramento. 

Mas eu sabia que estava a perder, fui para casa e a dores aumentavam e o sangue também. A minha irmã veio ter comigo e deu-me apoio. Segunda liguei para a cuf e pedi uma ginecologista urgente que a minha estava de férias pois eu não ia aguentar estar 2 semanas na incerteza. 

Lá fui a hora de almoço da médica e confirmou-se que o endométrio já estava menos espesso que na eco de dia 8 e portanto confirmava-se a perda do bebé. Recebi imenso apoio da médica informou-me que tinha direito a 30 dias de baixa e apoio psicológico. 

A minha chefe apoiou me imenso, disse que tinha imensa pena, mas para eu tentar aceitar que provavelmente o feto tinha mutações não compátiveis com a vida. Obrigou-me a tirar a licença, disse que era um direito que foi muito díficil de conquistar e que não o deviamos deixar passar, mas para não ficar em casa parada. 

No centro de saúde um apoio enorme da médica, disse que mesmo após a licença se eu senti-se necessidade que passava baixa psicológica e me arranjava apoio. 

Até aqui muito bem, até descobrir que a maioria das mulheres mente sobre a perda gestacional, escondem, sentem vergonha, quando eu contava o que me estava a acontecer, muitas pessoas conhecidas vinham contar as suas histórias de vida as escondidas. E eu sem entender, se isto não é a minha culpa porque é que eu vou mentir ou esconder, se perguntam eu conto. 

Sei que choquei muitas pessoas porque eu falava abertamente (e falo abertamente) da minha perda e tive várias reacções:

 

- Ah lamento - enquanto fugiam de mim como se eu tivesse a praga;

-Oh querida lamento, força, de quanto tempo estavas? - Eu - Só de 5 semanas - elas - Oh querida isso não era nada, isso era uma célula... 

 

Agora pensam ah só houve uma alma parva a ter essa saída, não infelizmente houve várias a fazer comentários, que ainda não era um bébe, era uma célula, nem um feto era... enfim

E isso só me servia para me magoar, para me sentir mal por estar a fazer o luto por uma célula...

 

Logo passado uns 15 dias engravido da M sem quer (disseram que não precisava de contraceptivo, mas depois a minha ginecologista disse que sim que eu precisava de dar descanso de 2 meses ao corpo) e o assunto morreu por ai... 

 

Até que o ano passado digo ao meu marido faz um ano que perdemos o nosso filho, a reacção dele foi temos a M esquece o que se passou. 

E as outras pessoas reagem todas da mesma forma quando eu dizia enquanto grávida é a sua primeira gravidez e eu não... ah então tem outro filho e eu não perdi-o e pronto olhavam-me de lado. 

Se eu tivesse dois filhos e tivesse perdido um, iria esconder da sociedade que tinha tido um filho... quando me perguntassem se era filho único eu iria dizer que sim?! Ia esconder... 

Pois eu conheço muitas pessoas que escondem que perderam filhos sejam eles gestacionais ou em bebés. 

E a conclusão que cheguei é que as mães e pais fazem-no porque sentem vergonha das reacções da sociedade, que não sabem lidar com a dor e então dizem coisas parvas como ah deixa lá ainda era bebé ou ainda não tinha nascido. 

 

Por isso vós peço para assinar a petição para haver um dia nacional da perda gestacional, para que a mentalidade das pessoas mudem, para que as mulheres não sintam-se mal por contarem ou desabafarem aos seus amigos que perderam o seu filho. Para que a sociedade deixe de ter o tabu de vamos só contar as 12 semanas a gravidez, porque se corre mal o que fazemos? Vamos ter muitas pessoas a perguntar.... 

 

A resposta é contem, celebrem a gravidez do início, se correr mal tem em quem se apoiar, a família e amigos. Caso contrário perderam um bebé e até estão a fazer o luto e só ouvem então nunca mais chega a cegonha?! Isto ajuda?! 

Destaque do Sapo de hoje

Como sei que amanhã isto já não vai estar aqui para muitos verem, o sapo destaca este post hilariante 

 

Basicamente mostra crianças americanas a comer pequenos almoços de outros países, a reacções são um máximo. Mas olhem que não é esquisitice eu também não comia algumas coisas desses países lol...

Má publicidade

 Ontem vi este anúncio do McDonald's pela primeira vez e fiquei completamente chocada com tamanha estupidez, a agência de marketing só pode estar a gozar com a cara das pessoas. 

Então fazem uma publicidade indicando que quem leva marmita para o trabalho é anti-social?! Pois fiquem sabendo que no local onde trabalho não trazer marmita é que é ser anti-social, neste momento no meu serviço apenas 3 pessoas almoçam fora do serviço. Até o director almoça na copa trazendo a sua marmita. Quando não trazemos almoço vamos comprar para comer juntamente com os outros na copa. 

Para além da mensagem estúpida que passam a dizer que quem leva marmita é anti-social, ainda apelam a comer todos os dias no Mc... muito saudável, é da maneira que se resolve o problemas das pensões e reformas do futuro, morrem todos antes dos 65 anos com doenças coronárias. 

Já vi melhores publicidades do Mc, não sei o que se passou, mudaram de agência de marketing e de publicidade?

 

Sem palavras...

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 Dedicou parte da sua vida a fazer rir os que mais precisam, não sei se a algum dia a vi por aqui, mas sei sempre que cada um me fazia sorrir, sempre. 

E no fundo quem precisava de um Dr. Palhaço era ela. 

Passou a vida a sorrir mas para ela a vida não sorriu. 

Como é fácil e simples enganar quem está a volta, e realmente é como quem diz quem se tenta suicidar não faz intenções nenhumas de o fazer. Pois quem realmente quer esconde na perfeição a dor pela qual passa. 

Quantas pessoas passam pela nossa vida e precisam apenas de um ombro amigo?! Quantas pessoas passam a vida sozinhas e um sorriso e um bom dia não lhes fazem o dia?! 

As minhas primeiras memórias

Ao ler este post da barriga mendinha veio me a memória umas das minhas primeiras memórias de infância. Não sei que idade tinha, sei que descobri anos mais tarde que aquele sentimento de perda e medo não eram imaginação, quando numa ida a praia do Baleal digo a minha mãe não gosto desta praia e a minha mãe contou-me o que eu vagamente me lembro também:

 

Para quem não conhece o Baleal é enorme, e tem ondas muito fortes e naquela altura tinha eu menos de 5 anos (acho) portanto havia tudo menos salva vidas na praia. 
A minha mãe foi a praia mais uma amiga que também tinha uma menina da minha idade, e a minha mãe tinha 3 filhas. 
Lembro me de ir brincar com a menina a beira mar com pá e balde e quando reparo não vejo a menina, e quando olho para o local do chapéu não vejo o chapéu e senti-me perdida... andei e andei imenso a beira mar achando que se calhar eu tinha andado... eu não chorava, porque pensei sempre não posso mostrar aos desconhecidos que não sei onde estou, não posso falar com estranhos e assim andei até que vi a Dona Fernanda ou ela me viu a mim, a minha ama e atiro com o balde a cara dela e desato a chorar que ninguém me tinha vindo buscar e me deixaram sozinha imenso tempo... de mais nada me lembro. 
Estive desaparecida imenso tempo, acho eu de que... porque não havia cá telefones e a Dona Fernanda ainda levou tempo a achar a minha mãe, não me perguntem como ela achou no meio de tanta gente. 
A explicação da minha mãe foi de que foi levar uma das minhas irmãs a casa de banho (num café bem distante) e deixou-me a cargo da amiga, que assim que viu a sua filha chegar ao chapéu não se deu ao trabalho de me ir buscar a beira mar e com a chegada de mais pessoas, bastou uma distracção para ela deixar de me ver e eu de a ver a ela. 
A minha mãe conta o pânico que viveu, a minha irmã mais velha chorar e a minha mãe só chorava e dizia como explicar ao marido que não sabia da filha, que a filha podia se ter afogado. 
Acho que só um milagre fez com que a Dona Fernanda aparecesse do nada (atenção que a zona onde morávamos era longe do Baleal) e por sorte encontrou a minha mãe antes de avisarem a polícia... acho que pouco faltou, porque a certo ponto já tínhamos metade da praia a procura de mim, pois todas as pessoas me viram, mas ninguém me abordou porque eu não chorava... 
 
Por isso é que hoje em dia tenho uma mania de olhar sempre para crianças sozinhas e procurar se algum adulto esta de vigia... e sim já encontrei uma menina perdida na praia, felizmente foi questão de a parar perguntar se sabia dos pais e ela disse que não e eu disse fica aqui comigo e olhei a volta e vi uma mãe a levantar-se do chapéu a procura e eu perguntei se era aquela a mamã dela e ela desatou a correr super aliviada, claro que levou uma bronca daquelas tadinha. 
 
P.S - tenho a vaga lembrança de um senhor me perguntar se estava perdida e eu dizer que não com a cabeça... Ver se ponho uma trela a minha filha porque ela sai a mim e tenho a certeza que respondia o mesmo...

Da velhice...

As vezes que tenho medo da velhice não é quando me olho ao espelho e vejo uma ruga (ahah não vejo uso Mary Kay) ou um cabelo branco (só tenho um com quase 30 anos de vida). É quando me dói as costas sem motivo algum, quando me dói o tornozelo (lesão antiga)... quando me lembro que já não tenho vesícula e geralmente é quando me da algumas dores ou pontadas na zona abdominal... sim já tenho consulta marcada para gastro. 

E não, não sou hipocondria... só fui ao hospital já nas últimas mesmo.... ignorava as dores, agora depois do que passei sempre que me dói qualquer coisa durante dias seguidos já fico mau... 

 

Quando as dores de costas, deve de ser postural, muito tempo sentada e quando estou sentada no chão com a minha filha noto pelo vidro da sala que estou corcunda... e corrijo a pose... mas pronto muitos anos nisto dá em dores e eu só penso bolas se eu chego aos 70 anos nem quero imaginar como ando... se com quase 30 já conto com o rol acima descrito...

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