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Special Things by Me

Um blog sobre ser mãe, mulher e esposa. Um blog sobre os desafios da maternidade, sobre alimentação especial, um blog sobre tudo e sobre nada.

Special Things by Me

Um blog sobre ser mãe, mulher e esposa. Um blog sobre os desafios da maternidade, sobre alimentação especial, um blog sobre tudo e sobre nada.

Eu ensino sim a partilhar

Novamente pelas redes sociais volto de novo a ver textos sobre o não ensinar os filhos a partilhar. Supostamente não devemos ensinar os nossos filhos a partilhar, porque em adultos não partilhamos os nossos objectos pessoais, como telemóvel, roupa entre outras coisas. Logo porque que os nossos filhos tem de partilhar só porque o outro está a chorar ou porque é bonito partilhar. 

Esta teoria até podia resultar na minha opinião se todas as crianças fossem altruístas e não egoístas. A criança nasce com zero aptidões sociais, a brincadeira e o modo como vê os pais e restantes ídolos adultos a comportar é como vão aprender a viver em sociedade. Os brinquedos são mais do que objectos pessoais, para mim existem objectos que não se cedem nem se emprestam, o oh-oh, o fofinho, a chucha, o ursinho especial... os ditos objectos de transição que a criança cria afecto, esses para mim são pessoais e só mesmo a criança pode decidir se os cede ou não. Os brinquedos para mim funcionam como descoberta do mundo, causa-efeito e acima de tudo quando em grupo ensina os a viver em sociedade, trabalhar em equipa, construir amizades, empatia. 

Obviamente que não se deve obrigar a partilhar só porque o outro menino esta a chorar, isso concordo transmite a mensagem de que a chorar se consegue tudo. Mas por exemplo se for um bebé que ainda não sabe pedir ou uma criança mais nova, podemos falar com os nossos filhos e explicar que o menino ou menina é pequenino e não sabe pedir, e se a criança aceita emprestar. Assim estamos a ensinar a empatia, o cuidado pelo mais novo.... não é obrigar. 

A M desde de cedo que se vê nesta posição de emprestar, partilhar... tem 3 primos da mesma idade dela, sempre que visita um dos avós é colocada numa realidade em que estão presentes crianças da idade dela e que tem brinquedos dos avós e brinquedos deles. Sim é um caos, ouvimos choros, birras e frustrações mas aos poucos levando a mesma teoria que os brinquedos rodam e que assim é mais divertido, tal como fazem na escola... eles aprendem que sim tenho os meus brinquedos, mas quando estou com amigos é mais giro brincar com um brinquedo novo ou brincar em grupo e para isso é preciso aprender a dar para receber. E digam lá nós não damos em adultos na esperança de receber, e quantas vezes damos sem esperar receber. Não estou a falar de bens materiais. A sociedade vive em modo de trocas, trocas de afectos, troca de alimentos, trabalhos, ajuda. Eu recebo ajuda e mais tarde ajudo quem me ajudou. Ajudo quem esta aflito... tenho empatia... sei trabalhar em equipa. Sei dar a minha família sem esperar nada em troca. Sei que para receber tenho de dar. Regras simples que começam cedo com a simples troca ou cedência de um brinquedo. 

Sim também ensino a M a respeitar, respeitar se o menino não quer emprestar... também não a forço a emprestar, mas mostro que assim não pode esperar que os outros lhe emprestem. Se é fácil não, nem sempre... com os primos sente mais rivalidade, tal como entre irmãos e por vezes temos de por um relógio para que o dito brinquedo rode... temos de repreender quando um tira um brinquedo sem perguntar primeiro se pode.. Sim dá trabalho, mas os resultados compensam ao fim de 3 anos de vida a M ontem a brincar na rua demonstrou que tudo nós como pais ensinamos dá frutos. 

A brincar na rua com amigos do prédio, cada qual com bicicletas e afins... no final ficou apenas ela e um menino com bicicleta os outros não tinham nada para brincar na rua... a M tinha a trotineta e a bicicleta, os meninos perguntavam se podiam andar e eu dizia perguntem a ela e a resposta foi sempre sim. Chegou a haver alturas que ela ficou sem nada para brincar... mas não se importou... e houve uma altura que ficou sem nada e perguntou ao menino se podia andar na bicicleta dele e ele disse que sim... e ela andou na bicicleta dele e ele depois andou na dela. Uma harmonia perfeita, uma hora um grupo de crianças a M a mais nova com 3 anos, outros com 5, outros com 7....e nenhum drama e nenhuma briga. 

Ora se eu tivesse ensinado a M que não se partilha, ou não tivesse mostrado como é mais divertido brincar em grupo e que para isso é preciso dar para receber... acham mesmo que teria assistido a isto?! Eu duvido, talvez se ela fosse uma criança muito empática por natureza, mas se tivesse uma criança mais egoísta iria criar um mostrinho que ia brincar sozinho porque os brinquedos são dele e de mais ninguém. 

Teorias há muitas mas esta do não ensinar os filhos a partilhar assusta e muito, porque existem pais que levam ao extremo de se o meu filho chegou primeiro ao baloiço e se existe outros brinquedos no parque disponíveis o meu filho não tem de sair do baloiço e dar a vez a outro que queira andar no baloiço, o outro que brinque nos restantes e talvez noutro dia consiga o baloiço. 

Sim é esta sociedade que estamos a ensinar, desculpa eu cheguei primeiro vou comer todas as bolachas da festa em vez de chegar e partilhar com todos as bolachas. Ou pior se vir alguém com fome não vou dar ou partilhar o meu almoço porque é meu. Será que os pais não pensam nas implicações futuras e que o que fazem hoje é fruto dos pais deles os terem ensinado a partilhar, a ser empáticos e a não ter o rei na barriga. Sim todos os miúdos acham que o sol nasce para eles, cabe aos pais ensinar que não o sol nasce para todos e que eles não são mais importantes que os outros mas sim iguais. 

Aquilo que nos esquecemos

Segundo filho, já não temos aquela sensação de impotência, de não sabermos o que fazer. Excepto quando a fase do choro ataca, aquilo que nos esquecemos do primeiro filho. Uns dizem que são cólicas, outros dizem que é o bebé a reagir ao stress do dia a dia. As primeiras birras do bebé. Sejam elas o que forem fazem os pais perder horas de sono, a mim principalmente fazem me sentir impotente, má mãe que não consegue acalmar o filho. Sim o segundo é mais fácil de cuidar, já sabemos ou que vamos, mas esquecemos muitas coisas. O marido diz que a irmã era pior. Da irmã só me lembro de ser ao fim do dia. Este tem períodos de irritabilidade tanto de noite sempre na mamada das duas da manhã e nos dias piores tem de manhã até a hora de almoço. Depois as mães tem o dom de nos fazer sentir mal, comentei num grupo de mães que usam slings, panos e mochilas os seus rebentos. Pergunto que tarefas fazem com eles já que o M acalma na ergobaby. Respondem muitas que não fazem aproveitam as sestas e arrumam a casa toda. Bebés das mesmas semanas que o meu. E eu olho e penso, bolas já faço mais com este do que com a irmã...porque não o fico a adorar a dormir. Mas sinto me completamente exausta para conseguir limpar a casa assim do nada....Este bebé demora muito a adormecer logo o intervalo de três a quatro horas diminui para duas horas. E é quando não bolsa imenso. E eu face a estes comentários penso fogo ou sou eu que sou má dona de casa. Ou tenho um filho demasiado exigente. Sim nisso eu e o pai concordamos a mais velha adormecia muito melhor e não acordava da mama para o berço. Este acorda ao por a arrotar e acorda ao mínimo movimento. Mas depois tem visitas e ferro no sono e todos dizem que anjinho tenho eu. Enfim é uma fase sei que passa, sei que o primeiro mês é o pior e vai melhorando até aos três meses, mas bolas a licença é tão curta para ter está fase tão cansativa.

Amamentar é difícil mas

Desta vez está a correr super bem, para além disso vim da maternidade com 68kg engordei 7kg no total. Em uma semana perdi mais 2kg já estando abaixo do peso pré gravidez e ainda tenho a barriga inchada. Se me portar bem o que vislumbro de baixo de uma pequena barriga é algo que me orgulho. E não, não sai da maternidade linda e maravilhosa, por isso continuo a duvidar de quem saí de lá sem barriga, pois os órgãos internos demoram até 6 semanas a ir ao lugar. Mas sim esta gravidez engordei muito pouco, sem grande esforço e tive um bebé enorme saudável e tinha litros de líquido amniótico daí ter saído logo da maternidade sem o peso ganho. Agora é portar bem até porque tenho uns kilos a mais e o verão está a chegar. Se vou ter o corpo prefeito claro que não, tenho marcas de amor na barriga, um bebé de quase 4kg tinha de fazer marca certo. Mas não me importo são daquelas marcas que existem pelo melhor motivo, dar vida.

A minha ausência

Tenho andado desaparecida, sim quis viver muito a gravidez na minha privacidade. Ter um blog é giro mas também tem o outro lado, o lado de quem nos descobre e sabe do nosso blog. É diferente quando o rosto de quem nos lê é alguém conhecido apenas. Mas acho que todos merecem uma justificação da minha ausência. Pois o bebé M nasceu dia 13 de março. Não foi parto espontâneo, nada de romper as águas e contrações regulares. Algo que disse-me está na hora. Tive muitas contracções entre as 35 semanas e às 37 semanas, mas era cedo para me internarem e ia para casa desenvolve-se tudo bem, mas não era acelerado pelos médicos. O problema é que contrações diminuíram entre as 38 e 39 semanas, sempre pensei que as 38 semanas me iam induzir o parto devido aos diabetes gestacionais e por tomar heparina. Não aconteceu....confesso apesar de querer um parto espontâneo fiquei desanimada. Semanas com contrações, semanas com o marido a fazer das tripas coração para cuidar da mais velha. A incerteza de ir ou não a maternidade quando as ditas apareceriam. Chegou as 39 semanas e já tinha três dedos de dilatação, toque maldoso e de lá já n sai por ter um colo favorável e por já ter tido filhos antes. Deram me meio comprimido, na Maia velha tomei mais medicação. E pronto contrações ficaram regulares, eram iguais às que sempre tive....para mim não eram dolorosas só incomodavam....afinal andava com elas irregulares a semanas. Deram epidural apenas pq me convenceram que ia haver duas cesarianas e o meu trabalho de parto estava tão rápido que podia não ter tempo de levar. Aceitei...Houve ali um susto com um toque da médica aos sete dedos. O menino estava mal encaixado a médica tentou doeu muito e de repente a médica agita a minha barriga e pede para me voltar e voltar...quando tudo abranda e entra a enfermeira que se descaiu e disse a verdade quando pedi para ir ao w.c e me diz agora não depois do que aconteceu ao bebé, e olho para o ctg e vejo que teve ali minutos com pulsação muito baixa...A médica foi perguntar pelas cesarianas e eu e o marido pensamos cesariana de urgência que seja. Mas n foi graças a enfermeira parteira....que primeiro disse hmm é muito pequena para o parto, mas depois de saber que já tinha tido uma filha com complicações disse agora vai conseguir sem problemas eu prometo. Recusei alguns reforços de epidural e com a ajuda da parteira no quarto conseguimos por o bebé encaixado, tanto que fui para o bloco a sentir tudo e já com a cabeça quase a sair. O parto foi difícil no sentido que senti tudo....Mas fácil porque saiu sozinho, só com um corte, sem hemorragias minhas, o pai pode cortar o cordão, deram me ao colo acabado de sair, vi o sair de mim...tiraram fotos...finalmente o parto que queria, apesar de ter sido ligeiramente provocado, mas tinha de ser porque nasceu com 3710kg com 50.5 cm....O orgulho da enfermeira parteira e da minha obstetra....mais uns dias e tinha 4kg. Mamou logo bem, recuperação super fácil, subida de leite mais fácil. Com a minha experiência da primeira o segundo tem sido mais calmo. Claro que com a M as coisas ainda andam estranhas não sabe bem como reagir, ou calada demais ou a falar alto e muito agitada. Mas havemos de chegar a uma boa harmonia. Vou continuar desaparecida, quero aproveitar tudo o que o baby blues não me deixaram no primeiro filho.

Nunca pensei

Quando temos ou planeamos ter filhos, pensamos sempre no tipo de educação queremos dar. Temos ali umas directrizes e pensamos ah ah isto é fácil. Eu e o meu marido sempre fomos a favor de estimular uma criança q.b. Ver bons desenhos animados, ouvir inglês, ler livros todas as noites, ler inglês e português. Mas tudo muito suave. Quando fosse para a escola ajudar e envolver q.b na suas novas actividades e incentivar e apoiar nós trabalhos. Não fazer da escola uma obrigação mas mostrar o lado divertido da mesma. Sempre reparei que os livros de actividades eram giros para os 5/6 anos e não percebia como certos pais não usavam esse tipo de ferramentas para ajudar quem tem mais dificuldades. Bem as revistas do panda e afins tem desafios interessantes. Claro se derem só para as mãos da criança está vai é brincar com a prenda e não vai aprender nada de novo. Tudo começou com a M ver o pai a ajudar a prima com os trabalhos de casa. Depois teve direito a uma recompensa por ter tomado um antibiótico todo sem o deitar fora, sim teve um que era muito mau e ficou com a neura que sabem mal não engulo. Bem resolvemos a questão com o calendário e dissemos que no final por se portar bem escolhia uma prenda. Então disse ao meu marido para a levar a papelaria, escolheu a revista do panda. Chegou a casa e só prestou atenção a guitarra. Eu fui ver a revista e descubro que com orientação a M já saberia responder às perguntas. Pensei um jogo ou ficha por dia, qual que abri a caixa de Pandora quis fazer tudo num dia.....e depois todos os dias quer aprender mais. Pede para mostrar como se escreve palavras, se lemos pergunta que letras estão ali. Quer contar o número das páginas em português e em inglês. Fiquei em pânico e disse ao B que ok eu sei que no primeiro ano de pré escolar aprendem o nome e tentam escrever, aprendem cores e formas geométricas. Mas a M quer mais do que isso. Fomos ver e já existe livros de actividades para os 3/4 anos já compramos mas estão escondidos. A M este fim de semana aproveitou a tia e pediu para ela escrever nomes, vi a aprender a contar pelos dedos para saber responder a um jogo....e só pensei não nos preparam para isto tem 3 anos e não sabemos se devemos incentivar ou ignorar....neste momento o marido é da opinião que devemos responder a curiosidade dela...que existe muito para aprender, não devemos puxar por ela. Apenas respeitar o seu desejo de aprender. E só de pensar que quando estava atrasada na fala e de como era muito parecida com a prima que tem dificuldades escolares. De repente do nada com a mudança de educadora a M está mais parecida com a minha irmã mais velha. E com outros elementos do lado do pai como um primo que aprendeu a ler aos 4 anos por iniciativa própria. Isto de ter filhos é mesmo ser apanhados de surpresa constantemente. Em relação a educadora a outra saiu por licença de maternidade e do meu ponto de vista é mais rígida do que a nova....até vir a nova a M só falava na auxiliar agora fala nas duas. E de facto fazem menos trabalhos estipulados e orientados. Vai ao encontro do que eles gostam de fazer e ensina. No outro dia viram um filme e pediu para fazerem um desenho sobre o filme, perguntou o que era é escreveu no desenho o que eles imaginaram e interpretaram do filme e deu aos pais. A outra educadora só nos entregava os trabalhos numa pasta e eram trabalhos orientados e que estavam ligados ao currículum estipulado. Esta de certo que também faz o mesmo mas se eles no horário livre pedem para fazer algo que trouxerem de casa como um livro ou filme aproveita e usa esses momentos para estimular a imaginação e o gosto por aprender.

Sempre o mesmo

Todos os anos chega o princípio da Primavera e começamos a ouvir as campanhas ridículas, tenha o seu corpo de verão, ou operação bikini. Primeiro o machismo destas campanhas, são sempre mulheres que aparecem. Depois porque não operação calção de banho e depilação das costas e barriga. Se a coisa que a mim me mete dó nem é ver uma mulher com alguns kilos mas sim homens macaco. Mas não neles é tudo natural. O homem que chegue aos 30/40 anos sem barriga de 8 meses e pelos por todo o corpo não é homem é larilas só pode. Não sou a favor das campanhas de verão, cada um pode ir como quer desde que não ofenda ninguém mostrando o que é privado. Mas se existe campanhas porque não usam o homem macaco com pneu xxl? Agora podem vir dizer ah é pela saúde das pessoas, errado é para vender suplementos, inscrições em ginásio, tratamentos de estética, soluções milagrosas. Do tipo vai ficar aqui como a menina do anúncio toda cheia de Photoshop em menos de nada. Se é para o nosso bem as campanhas não podem ser publicitárias mas sim do ministério da saúde, devem de durar o ano inteiro e incidir sobre todo o sexo e gerações também. Bolas quantos adolescentes vejo a lanchar fast food. Tal como o tabaco a obesidade e má alimentação tem consequências para a saúde e como consequência aumento de dinheiro dos contribuintes para tratar estes doentes, diabetes, colesterol alto, tensão alta, problemas cardíacos, problemas venosos e um fator de risco para o cancro gastrointestinal. Se com o esforço e campanhas tem se conseguido uma diminuição do cancro do pulmão, menos fumadores e menos fumadores passivos....porque não por a porta de restaurantes ditos fast food imagens de pessoas extremamente obesas que vivem fechadas em casa, presas a uma cama e com um ventilador para poder respirar. Pode parecer exagero, exagero acho eu quando vejo crianças com menos de 5 anos agarrados a pacotes de batatas fritas, ver mães darem isso nos parques como lanche. A minha filha sim come doces mas raramente. Cereais são os de adulto ricos em fibra e com pouco açúcar. Se lhe disserem para ir escolher os cereais dela ela nem olha para os infantis cheios de açúcar. Sim gosta de bolachas de chocolate, mas se lhe der bolachas de pipoca está nas suas sete quintas. Já a vi recusar n vezes bolos depois de provar porque são muito doces. Diz coisas como isso faz mal a barriga. Adora batatas fritas normais de pacote, mas já ouvi recusar mais de um familiar e dizer sabes que isso faz mal a barriga. É uma criança equilibrada tem acesso a doces, traz doces da escola e partilha com os pais e não come tudo num dia. A algum tempo o pai comprou um kinder, por ter ido tantas x ao médico....Primeiro teve de comer tudo, e o dito ovo esteve a manhã toda a olhar para ela. Nada de birra, abrimos o ovo e dissemos tens de dar um bocadinho ao papá e a mamã e ela olha para as duas metades e dá uma ao pai e outra a mim, olhos tristes mas nada de lágrimas, mostramos que podia dividir de outra forma. A M é aquela criança que mais depressa come um prato de sopa do que arroz e carne. Prefere peixe, adora douradinhos mas n come nada se lhe levarem ao Mac ou a comer pizza. Escolhe arroz a batata frita imensas vezes. Adora gelados. E já tive que ameaçar tirar brócolos do prato porque não comia o peixe. Dizem que isso passa e vai ficar esquisita, pode ser que sim, mas o que vejo são os outros filhos da mesma idade da M recusar sopa mesmo passada, não ver sequer um legume no prato e a devorar a carne a uma velocidade....peixe o que é isso. Se a M come sopa todos as refeições não até porque sabemos que raramente come o segundo prato todo se tiver comido sopa. Vou usando leguminosas na sopa, e tem dias que sou dou o segundo prato com legumes para ela comer proteínas. Tem dias que nem sopa ou segundo vai, mas em minha casa somos simples, tentamos que coma, não quer vai para a cama sem comer e não vê televisão ou brinca. Não há forçar a comer, nem obrigar a comer, pedimos sempre que prove primeiro....Pode dizer que não gosta mas prova sempre, e foi assim que após um ano começou a comer ovo. E essa é outra teoria, pais de bebés ofereçam comida sólida perto de um ano....dêem primeiro alimentos novos quando tem fome, deixem comer a mão....a sopa dêem depois. Farto de ver meninos com 18 meses que comem sopa passada com carne ou peixe lá dentro....Sim e desculpem quem ficar ofendido as vezes é por ser mais fácil, sim o bebé já come bem a sopa finalmente, se é o progenitor a dar então Maravilha pouca sujidade e fica pronto em 15 min, com fruta passada então é um mimo. Pois eu lembro que foi um drama para a M comer a sopa, só aos 9 meses começou a comer bem. Na escola a auxiliar dela ensinou me a oferecer o segundo primeiro perto dos 10 meses, 11 meses para aproveitar a fome....e sim ela ficava cheia de comida na cabeça, no chão e tinha de tomar banho e eu limpar tudo e sim tinha de fazer três refeições, sopa para ela, comida para ela sólida sem sal e ainda a nossa comida. E agora com outro filho a saga ainda vai ser pior, a M a demorar o seu belo tempo a comer e outro para alimentar. Mas se a coisa que aprender é que está iniciação da alimentação secundaria é tão ou mais importante que o aleitamento, se não for oferecido diversidade de alimentos nos primeiros dois anos de vida dificilmente esse bebé vai aceitar comida diferente. O ovo é prova disso a M nunca comeu ovo até ter mais de dois, e aceitar comer demorou mais de um ano e olhem que é menina de provar se pedirmos, dizia sempre não gosto depois....até ao dia que não lhe pus no prato e estava eu a comer ovos mexidos e ela quis o meu prato e comeu tudo, e já tinha provado ovos mexidos. Agora já come ovo de Boa vontade mas foi preciso um ano e tal. Portanto chega de campanhas publicitárias ridículas e vamos lá ensinar a população a comer bem, porque geralmente quem está obeso nem sequer sabe no que está a falhar...já vi uma pessoa obesa, operada n x às pernas dizer que a nora não sabe cozinhar porque usa azeite e faz comida simples. Não usa banha e não faz batatas fritas, sim na casa desta senhora de 40 anos faz se peixe frito, carnes em banha e batatas fritas todos os dias....o hábito vem desde que os filhos começaram a comer, era mais fácil oferecer a comida que nenhuma criança faz birra....

Um ano

Faz hoje, ou melhor dia 29 de fevereiro, um ano do pior dia que vivi....ou dias sim dias....há um ano ouvi o que todos os pais receiam "o coração parou, deixou de desenvolver, aborto retido". Não sei ao certo o dia em que fiquei internada porque a medicação abortiva não funcionava. Um ano é um misto de emoções, porque estou de 37 semanas a espera de um miúdo reguila que pós a mãe de repouso absoluto o mês de fevereiro todo. Colocou o pai num estado de cansaço extremo, e a família em alerta. Passou o mês de fevereiro, venha o mês de Março....Mas é sempre um agridoce entrar naquela maternidade sabendo que há um ano estava ali. Vou de certo pensar nas mães que estão nos quartos vazios.... A vida é assim tramada. Aprendemos a ser fortes e ver a vida com outros olhos....e não dar como garantido o que temos. Que o karma de fevereiro termine este ano....comparado com os outros só foram uns contratempos....

Note to self

Quando temos filhos nunca fazer planos, nem criar expectativas....pensar sempre nop nem vale a pena sair de casa....nem tentar.....é drama para vestir, é só mais um jogo....cancela se a saída e é drama porque não vai passear, e em casa n é divertido.

O meu filho têm cá um feitio

Então obriga a mãe a estar de repouso absoluto, levar injecção de maturação de pulmões. Mesmo de repouso absoluto o colo foi se apagando....ele sempre posicionado e a ameaçar. Às 35 semanas a obstetra dá progesterona durante uma semana para o aguentar. Assim que paro a progesterona começa a sair o rolhão mucosa. Mas aos poucos e limpinho....sábado pareceu que estava com perdas de líquido. Fui às urgências fazem toque e a obstetra de serviço diz o colo está fino e fechado mas o bebé está mesmo aqui por isso começando as contrações é rápido. Ctg e contrações irregulares. Como não tinha mais de 37 semanas não fico lá. Porque antes das 38 semanas estando mãe é bebé bem e mesmo num privado não pode acelerar o processo. Venho para casa...ligo a minha obstetra mais repouso...tive imensas contrações dolorosas mas eram de 20 em 20 min e ao fim de uma hora e tal pararam. Fiquei quase quase de ir não tivesse uma filha a dormir e ninguém para ficar com a menina. Ou melhor tinha de chamar um familiar. Até a dose de heparina foi tomada a medo porque só 12 horas depois posso ter epidural. Hoje chego ao meu hospital, a médica já tinha deixado indicações ao staff que eu poderia ficar para n cobrar logo a consulta, porque para o hospital aquela consulta se der internamento faz parte do pacote do parto. Não tinha dores nenhumas....Ctg cheio de contrações de 80% acima dos 30% são contrações pequenas. E fiquei a pensar olha fico cá. Médica olha o ctg, bem mts contrações não são regulares mas são muitas seguidas. Avaliação colo com dilatação e penso é hoje que nasce, mas ouço a médica a dizer hmm ele mexeu-se...está mais subido...ecografia pois o malandro desistiu de estar posicionado para nascer. Lá venho para casa com contrações mais intensas....dores daquelas que fazem mesmo pensar onde está a epidural. E raios tenho de ter pontaria com a heparina senão tenho parto a moda antiga. A obstetra está de aviso, amanhã está de folga mas quer que eu ligue para ser ela a observar caso sinta contrações mais regulares ou as dores sejam muito fortes ou me arrebente às águas. Se fosse a primeira filha até nem estava tão desiludida, atenção não é porque quero q nasça, já sei o que a casa gasta. Mas todo o mês deitada, entrei em fase inicial de trabalho parto sábado....e hoje o menino decide mudar de posição....Mas a dilatação vai continuar, ou ele se encaixa ou ainda tenho uma cesariana. E pior como estou por casa a ausência de dores n significa zero contrações, porque no ctg todo as dores nem tive, só no final da consulta é q tinha...e pronto com outro filho por casa, o tempo que este decide está na hora é crucial....se for no horário de saída do infantário ou à noite torna tudo muito complicado....do que se for de manhã ou a tarde durante a semana, está no infantário e o pai Tem tempo para orientar quem fica com a M. E para não falar do raio da heparina e a epidural. Sim eu quis um trabalho de parto natural, mas porra podia ser do gênero arrebentar às águas é que isto de contrações e dilata inferior a 4 dedos e ainda não ter 38 semanas é sinal que fica em casa a aguentar....sério não podia ser tipo filmes as águas rebentam e é logo sinal que é o parto e que entras na maternidade e ninguém te manda para casa.

Coisas que me fazem confusão

Espero não ser crucificada, mas faz-me muita confusão crianças com 3 anos ainda mamarem, e não é só uma vez é de manhã, ao fim do dia, para adormecer e ainda algumas vezes por noite. E a mãe achar isso a coisa mais natural do mundo....o leite de manhã e a noite antes de dormir não me faz confusão. Mas o dar várias vezes a noite faz-me sim confusão...não se trata de uma questão de alimentação mas sim e peço desculpa de vício, conforto o uso da mamã como de uma chucha. E essa é outra crianças com mais de três anos ainda usarem chucha para todo o lado.... Faz-me confusão num grupo de amamentação dizerem que é normal um bebé passar duas ou três horas agarrado a mama, que não, um bebé não faz da mama chucha. Desculpem mas um bebé por norma em 15 a 30min obtém o alimento...num pico de crescimento pode pedir leite mais vezes....Mas daí a dizer que é normal o bebé a noite se agarrar a mama e n deslagar é perfeitamente normal, isso faz-me muita confusão. Não digo para dar logo chucha, mas também não dar logo mama para resolver um choro....aliás quando tem fome antes de chorar mostram pela expressão facial e mãos que estão a procura da mama....o outro choro pode ser cólicas, medo, frio, pedir carrinho ou birra de sono....claro que o caminho mais fácil é oferecer a mama....ou por na cama com a mãe... e o que me faz mais confusão é dizer que é tudo natural mas passado um ou dois anos, que os filhos não dormem independentemente, que a mãe não dorme uma noite de sono completa a mais de três anos e se queixa, não gosta de ouvir que houve uma altura em que se esqueceu de dar asas ao filho...é tudo natural, mas até nas tribos mais naturais como a norma é ter filhos com diferença de 9 a 18 meses o normal é o filho deixar de mamar para dar lugar ao novo bebé...natural mas em documentários de BBC vida animal vemos mães mamíferos recusarem dar mama a determinada altura porque os filhos já tem idade para ser independentes. Hoje em dia caímos em excessos, as mães que nem tentam dar....e as mães que se recusam a perceber que os seus filhos já são crianças e não bebés. E com isto o excesso arrasta-se com desculpas para mau comportamento....desde ver crianças tentarem bater nos pais, e atenção todos passam por isto....Mas muitos pais ignoram ou só dizem n se faz, ou castigar e depois a criança chorar e o outro progenitor dar mimo....sim ser pai ou mãe é super difícil, eu própria quando ouço a minha filha chorar e vir ter comigo não lhe dou mimos até olhar para o outro progenitor ou familiar e ver pela expressão o que fez....se fez mal calmamente falo com a M, e pergunto o que se passou e porque que o pai ou tio está chateado....sim às vezes custa imenso, até porque quem está por fora está com a cabeça calma e o castigo até pode parecer exagerado, mas o outro progenitor tem a cabeça quente e só ele sabe o que aconteceu...e quando falo em castigos não são físicos mas sim um time out a um canto ou quando tem idade para perceber não deixar fazer qualquer coisa que gostem nesse dia....Mas claro para resultar é preciso conversar com a criança após a birra ou o choro passar. Infelizmente o que eu vejo é pais darem desculpas, aí é o sono, ou ela queria muito um brinquedo. A do sono até pode ser verdade, mas aí o melhor é levar para o quarto e por a dormir, se tiver três anos quando acordar vai se lembrar sim que bateu em alguém. A M tem três anos e lembra se de coisas que aconteceram a três meses atrás... Claro que estando eu grávida agora é mais complicado ouvir a M chorar, fico logo com lágrimas nos olhos, mas tento sempre racionalizar e perceber se ela tem razão ou se está a chorar porque foi repreendida, se resulta sempre, não tenho dias que me esqueço e digo ao marido que podia ter lidado com a situação com mais calma....Mas nessas vezes o que acontece é logo a M tentar levar a dela avante porque vê a mãe como aliada.